terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ensino a distância: veja respostas para as dúvidas mais frequentes

 

Assim como o presencial, o curso a distância tem provas, exercícios, notas mínimas e repetência

Segundo a Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância), fazem parte do ensino a distância (EAD) os cursos nos quais mais de 70% do conteúdo é desenvolvido por meio de atividades que não exigem que aluno e professor estejam no mesmo espaço, na mesma hora. O material pode chegar ao estudante por diversos meios, como rádio, satélite, correio ou internet –recurso mais comum atualmente.

Não há restrições em relação ao perfil do aluno. Assim como em cursos presenciais, porém, os cursos a distância têm pré-requisitos segundo o nível de escolaridade: para fazer uma graduação é preciso ter concluído o ensino médio, por exemplo. Além disso, o aluno precisa ter acesso à infraestrutura mínima exigida pela instituição, como computador ou telefone.

Não. Os cursos a distância, assim como os presenciais, têm exames, trabalhos, frequência, notas mínimas e repetência, exigindo tempo e dedicação. Para muito estudantes, contudo, a modalidade é mais fácil porque oferece mais liberdade para estudar em um ritmo diferente do tradicional.

De maneira geral, as três principais vantagens são: montar a própria rotina de estudos, dedicando-se às aulas nos horários mais convenientes ao aluno; economizar tempo ou dinheiro com o deslocamento até a instituição de ensino; pagar um preço mais baixo pelo curso. 

É possível fazer cursos a distância em quase todos os níveis de ensino: médio e técnico, graduação, especialização e cursos profissionalizantes. Existe também uma ampla oferta de cursos livres, como os preparatórios para concursos, cursos de idiomas e corporativos. 

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Em cinco horas de aula on-line, o Portal Educação ensina ao aluno o passo a passo da faxina de banheiros, incluindo como tirar manchas de box e como limpar corretamente a banheira de hidromassagem e as esponjas de banho Thinkstock

Em geral, sim. Assim como na versão presencial, se a intenção é fazer um curso superior, é preciso apresentar o diploma de conclusão do ensino médio; se o interesse é por uma pós-graduação, o candidato deve comprovar que tem nível superior. Já os pré-requisitos para cursos livres variam de acordo com cada instituição, que pode, por exemplo, exigir que o aluno seja apenas alfabetizado.

O MEC mantém uma lista oficial de instituições de ensino autorizadas a oferecer cursos de graducação e de pós-graduação lato sensu, que pode ser consultada em seu site. O sistema de busca funciona por município.

Sim. Por exigirem menos infraestrutura, geralmente os cursos a distância têm preços mais baixos do que os seus correspondentes presenciais. Em uma mesma instituição, o valor para a modalidade a distância chega a ser 75% menor, segundo levantamento feito pelo consultor João Vianney, da Abed.

Sim. Desde 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) prevê a existência de cursos a distância para a educação básica e superior (ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação) e determina que seus diplomas tenham o mesmo valor que dos presenciais.

Não. Como o diploma obtido em um curso a distância tem o mesmo valor legal daquele obtido em aulas presenciais, não há nada no documento que diferencie um e outro.

Sim, tanto quanto o diploma de curso presencial. Entretanto, ainda é possível encontrar editais que tentam excluir os candidatos formados por EAD. Como essa diferenciação não encontra amparo legal, nos últimos anos os editais que fazem essa exigência têm tido a cláusula anulada judicialmente.

Em geral, não. Embora alguns setores da sociedade ainda mantenham preconceito em relação a profissionais graduados a distância, a resistência das empresas está cada vez menor, garante Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação. Para ele, muitas corporações já encaram a modalidade como um diferencial positivo do currículo. “Para fazer um curso a distância, o aluno deve desenvolver algumas características que o mercado julga essenciais, como iniciativa, disciplina, organização, conhecimento de tecnologias e planejamento”, afirma.

Não. O que importa são os conhecimentos adquiridos durante o curso, não a modalidade por meio da qual eles foram obtidos. “A preocupação [do contratante] deve estar sempre voltada para reputação da instituição, grade curricular do curso, qualidade dos professores, tecnologias utilizadas e capacitação para o mercado de trabalho”, diz Constantino Cavalheiro, da Catho Educação. No entanto, se o entrevistador perguntar, não omita a informação e explique os motivos que o levaram a escolher o ensino a distância.

Não. O estudo "A Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho", publicado em 2010 pelo professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marcelo Neri, mostrou que alunos que completaram o ensino técnico presencial e a distância tinham a mesma média salarial.

Sim. Por lei, todos os alunos de cursos da educação básica e superior (ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação) têm que se submeter a exames presenciais regulares. Quem não atinge a média é reprovado, precisa cursar a disciplina mais uma vez e, depois, refazer a prova. Em cursos livres não existe essa obrigatoriedade, mas é comum as instituições de ensino concederem o certificado apenas ao estudante aprovado em exame presencial.

Uma portaria do MEC determina que, mesmo no ensino a distância, ao menos 20% da carga horária da graduação seja feita de modo presencial. Entre as atividades presenciais obrigatórias estão estágios, práticas em laboratórios e defesa do trabalho de conclusão de curso. 

Não. Um computador com configurações básicas e acesso a internet banda larga e o conhecimento de procedimentos simples, como downloads e reprodução de vídeos on-line, são suficientes. Se forem necessários programas específicos, a instituição de ensino deve orientar os alunos quanto à obtenção e ao uso. Todas as dúvidas em relação ao acesso e à utilização do material on-line devem ser esclarecidas por tutor ou responsável pelo curso.

Por lei, o ensino médio e o técnico e qualquer curso de graduação e de pós-graduação podem ser feitos a distância. Na prática, porém, ainda não há no Brasil a oferta de cursos de medicina, nem de doutorados, por exemplo.

Porque a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) determina que os cursos a distância para os ensinos médio e técnico e para graduação e pós-graduação sejam projetados com a mesma duração da modalidade presencial. Para os cursos livres, o critério de tempo varia de acordo com cada instituição.

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