Barack Obama estudou direito em Harvard. Uma dúzia de harvardianos foram levados para Washington junto com ele para participar do novo governo --inclusive o ex-reitor Larry Summers.
Mas a universidade mais antiga (fundada em 1636) e a mais rica dos EUA está passando por maus momentos na atual crise. De julho do ano passado até agora, o seu fundo de reserva perdeu US$ 8 bilhões. Na conta mais recente, sobraram ainda estupendos US$ 29 bilhões (maior do que o PIB de muitos países pequenos).
Como o rendimento das aplicações desse fundo de reserva respondem por um terço do orçamento operacional de Harvard, as coisas estão ruins por lá. Neste mês, 1.600 funcionários receberam convite para um plano de demissão voluntária. Salários e benefícios estão todos congelados. Foi cancelado o plano de construir um centro de ciências estimado em US$ 1 bilhão.
Para se financiar (Harvard é uma entidade privada), a universidade acaba de emitir US$ 1,5 bilhão em bônus vendidos no mercado. Em resumo, Harvard não só perdeu reservas como aumentou sua dívida em US$ 1,5 bilhão.
É de lá que saíram os principais assessores de Obama.
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