quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Se é Bayer, é bom. Com Profibus, melhor ainda.


Vista aérea da unidade de Belford Roxo-RJ da Bayer.

Fundado em 1863, o Grupo Bayer mundial é uma das principais empresas mundiais do setor químico-farmacêutico. Oferece ao mercado uma ampla gama de produtos e serviços que abrange os campos da saúde (Bayer HealthCare), agricultura (Bayer CropScience) e materiais inovadores (Bayer MaterialScience). “A principal razão de ingressar na Associação Profibus foi conhecer mais profundamente o protocolo que iríamos utilizar e, com isso, termos o know-how necessário para projetar, parametrizar e manutenir a nossa instalação”, conta Jorge D. Braga, Gerente de Engenharia da Divisão Bayer CropScience. Ele acrescenta que nessa época, início dos anos 2000, o Profibus estava pouco difundido no Brasil e não havia uma cultura e conhecimento amplo no mercado. “Aliado a esta necessidade, tínhamos um bom relacionamento com o pessoal da Associação e com os principais fabricantes de instrumentos com protocolo Profibus. Assim, foi uma questão de tempo o nosso ingresso. Inclusive fomos os primeiros não fabricantes (ou seja, usuários) fazer parte da Associação a nível mundial. A Bayer faz passou a integrar a Profibus em 2002, quando a Associação permitiu a entrada de usuários como associados”, destaca.

A Bayer utiliza a tecnologia Profibus em diversas unidades do mundo com diversas aplicações. A unidade de Belford Roxo utiliza o Profibus no controle e na operação das unidades de formulações e envase de produtos fitossanitários. “Para isso utilizamos uma grande variedade de instrumentos de diversos fabricantes, tais como: inversores de freqüência; posicionadores de válvulas de controle de válvulas; medidores de vazão; transmissores de pressão, nível, pH/Redox, temperatura; Balanças eletrônicas; medidores de energia elétrica; painéis de operação IHM; estações remotas; solenóides; PLCs; etc.”, explica Braga, acrescentando que a empresa utiliza também a tecnologia Profibus em área classificadas (Classificação Ex), tanto para Profibus-PA quanto para Profibus-DP (IS-485).

Sobre a questão da escolha da tecnologia Profibus em detrimento de outras disponíveis no mercado, o Gerente de Engenharia da Divisão Bayer CropScience conta que, em 1998 a empresa viu a necessidade de definir, para Belford Roxo, a tecnologia que substituiria o tradicional 4 a 20 mA. “Tínhamos alguns projetos se delineando para os anos seguintes e sabíamos que esta definição era essencial para a manutenção de uma instalação atualizada tecnologicamente”, detalha. Nesse sentido, foi formado um grupo de engenheiros e técnicos para analisar o que existia no mercado. Numa primeira etapa foram analisados todos os protocolos disponíveis, comparando as suas especificações técnicas, disponibilidade de fornecedores nacionais, quantidade aproximada de usuários, quantidade de fabricantes/desenvolvedores da tecnologia, entre outros itens. Dessa análise saíram duas tecnologias, a Profibus e a Fieldbus Foundation. “A segunda etapa foi analisar mais profundamente essas duas tecnologias com o apoio da Endress+Hauser (Profibus) e Emerson (Fieldbus Foundation). Seguiram-se diversas visitas e discussões técnicas Ao final do trabalho concluímos que ambas eram tecnologias sólidas no mercado e com uma grande perspectiva de futuro, mas com finalidades ou aplicabilidades distintas dentro das necessidades de nossas unidades em Belford Roxo. Assim, adotamos os dois padrões, cada um dentro do seu ponto forte. Para as unidades de batelada (unidades de formulações e envase) adotamos o Profibus devido à sua versatilidade em aplicações, grande gama de equipamentos e a necessitar de um controle centralizado. Nas unidades de processo contínuo adotamos o Fieldbus Foundation para os controles (principalmente os descentralizados) e também o Profibus para o que não era coberto pela tecnologia FF (drives de motores, sensores, remotas digitais etc.)”, explica Braga.

E os resultados efetivos surgiram rapidamente. Segundo o Gerente de Engenharia, as principais vantagens foram: facilidade do detalhamento dos projetos; menor quantidade de instrumentos/materiais nos projetos; facilidade das montagens; diminuição dos materiais de montagem; diminuição no tempo de montagem; comissionamento mais rápido; e custo efetivo final do projeto menor do que o tradicional (apesar de, na época, os equipamentos custarem 30% mais caros, o custo total do projeto era 20-30% mais barato). “Os principais resultados foram um custo efetivo menor nos projetos, um tempo menor de detalhamento, montagem e comissionamento e, após entrada em operação, um diagnóstico mais rápido de problemas nas unidades. Como principal benefício, tivemos a elevação da qualidade técnico do nosso pessoal de projeto e manutenção, além de projetos mais baratos e prazos de desenvolvimento/montagem menores”, comenta.

Na visão do Gerente de Engenharia da Divisão Bayer CropScience o Profibus hoje é uma tecnologia sólida no mercado, que se mantém atualizada com a evolução tecnológica, possibilitando aos seus usuários uma evolução contínua sem perder a base instalada. As suas perspectivas são amplas, principalmente com um mercado aquecido como o nosso. “Talvez a grande dificuldade que exista seja a qualificação das pessoas. O sistema funciona muito bem, mas problemas ocorrem (é normal) e, nesse momento, se você não tem um corpo técnico (interno ou externo) qualificado para solucioná-lo de forma rápida, pode haver algum tipo de rejeição ao tecnologicamente avançado. Para nós isso é transparente, já que utilizamos a tecnologia desde 2001 e já temos uma cultura de trabalho com tecnologia”, conclui.

importado por splitz

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