domingo, 26 de outubro de 2008

Petrobras investe em Campos

Jornal O Diário

Recentemente, engenheiros e técnicos da Petrobras estiveram na Praia do Farol demonstrando para a população através de fotografias e palestras como será e onde estará localizado o aeroporto / heliporto que a empresa construirá a partir de janeiro de 2009 a 4 km do centro da praia campista.

A magnitude do complexo aeroporto / heliporto surpreendeu até mesmo pessoas que participaram ativamente desde o início de todos os projetos que abrangeram a Bacia Petrolífera de Campos, incluindo a praia do Farol, como este jornalista, que em 1976 foi procurado em Brasília por um grupo de políticos campistas que queriam que ele estudasse toda a capacidade da área.

Fiquei realmente impressionado com a beleza e dimensão do que será o projeto quando inaugurado. Vale lembrar que o heliporto atual, que atualmente transporta em média 20 mil passageiros por mês através de oito helicópteros que saem do Farol rumo à bacia petrolífera de Campos e vice-versa será desativado para, posteriormente, ser incorporado no mesmo complexo do aeroporto, que estará situado a 1,5 km após sua atual localização. A obra chegará próximo à Curva da Loura para quem está indo da praia para Campos.

O check funcionará próximo ao salão provido de lojas, projetado para receber movimento de passageiros. A arquitetura moderna será também grandiosa e imponente, com 12 mil metros quadrados, além de um pátio que comportará um estacionamento para helicópteros com capacidade para aguardar 40 aeronaves, 32 a mais que o atual, podendo transportar cerca de 65 mil passageiros por mês.

A pista para aviões será a maior da Petrobras na América, com uma extensão de 1.500 metros, com cabeceiras de 250 metros cada, podendo transportar 60 mil passageiros no mês. Isto corresponde a dez vezes a capacidade do Aeroporto Bartolomeu Lizandro, ainda ligado ao perímetro urbano de Campos. Ao todo, espera-se uma circulação mensal de 125 mil passageiros em todos os meses do ano.

Este fluxo, na minha opinião, poderá movimentar a praia além do período de verão, mesmo estando o aeroporto a 4 km antes da praia. Com o movimento esperado a partir da grande obra do Porto do Açu, além da construção do posto Off-Shore na Barra do Furado, vislumbro um magnífico pool de progresso.

De acordo com o gerente geral da Unidade de Serviços de Transporte e Armazenamento do setor de Exploração e Produção de Petróleo da Petrobras, Ricardo Albuquerque de Araújo, que atua do Espírito Santo a Santa Catarina, a Petrobras construirá um aeródromo em janeiro de 2009. A data prevista para a conclusão das obras é outubro de 2010.“Na realidade, o que teremos é um heliporto. O nome aeródromo surge porque construiremos uma pista para asa fixa (aviões), além do espaço para pouso e decolagem de helicópteros. Este aeródromo será para uso privativo. Ele não será aberto de forma alguma para outras aeronaves, porque não solicitamos que este seja comercial”, explicou Ricardo. O novo empreendimento será destinado única e exclusivamente para o transporte de funcionários da Petrobras para unidades offshore da empresa.

O gerente explica que os funcionários chegam às plataformas através de helicópteros e nunca de avião. Porém, a empresa já prevê o pouso e decolagem de alguma aeronave de asa fixa quando houver, por exemplo, a visita de uma autoridade. “Não sabemos se no futuro faremos algum uso privativo de avião entre Campos, Rio ou Macaé. Como é muito mais fácil construir a pista durante a obra do que posteriormente, entrou no projeto”, continuou.

A área a ser construída inclui oito hangares para aeronaves, além de um terminal de passageiros. “Teremos 33.950 metros quadrados de área coberta, o que incluirá um local de terminal de passageiros com lojas para suprir as necessidades especiais e de última hora. Também teremos áreas de apoio da Petrobras, como serviço médico e sala para funcionários resolverem problemas administrativos emergenciais”.

Segundo Ricardo, o terreno que a Petrobras adquiriu é de 3.600.000 metros quadrados. “Vamos transportar uma média de 1.800 passageiros por dia, considerando a operação no ano de 2013, quando o aeródromo atingir seu pico de atividade. Isto significa um acréscimo de 1.250 passageiros em relação ao que é transportado atualmente no Heliporto de São Tomé, que hoje recebe cerca de 600 passageiros por dia”, informou.

A Petrobras pretendeatender a um número maior de passageiros por razões diversas. “O número de passageiros da estatal tem crescido 7% ao ano. Já existe uma demanda em São Tomé. Hoje acontecem de 70 a 80 vôos diários. Vamos praticamente triplicar isso no novo espaço, chegando a 240 vôos por dia”, anunciou.

A praia campista foi escolhida por vários motivos: “São Tomé é o ponto do continente mais próximo das plataformas da Bacia de Campos. Há uma diferença de 20 minutos na ida e também na volta nas viagens feitas a partir desta base. Isto nos oferece segurança, porque estaremos expondo o passageiro a menos tempo de vôo. É melhor para o meio ambiente, porque queima de combustível. Evidentemente, o ar fica menos poluído. É economia. A Petrobras voa 100 mil horas por ano em suas ações, o que gera uma queima substancial”, enumerou.

Como o número de funcionários que a empresa tem residindo em Campos, outra vantagem surge: “Estas pessoas serão privilegiadas com o novo investimento”, citou. “Recebemos propostas de diversas empresas no último dia dez. Estamos julgando para publicar a vencedora da licitação. Teremos um período de mobilização. Acredito que as obras serão iniciadas no começo de 2009. Já temos a primeira licença ambiental e, nos próximos dias, receberemos a licença de instalação. A obra vai durar 18 meses. Vamos inaugurar o espaço com o primeiro vôo. A previsão é de que isto aconteça em outubro de 2010”, informou.

O atual heliporto não fará parte do aeródromo. “O novo empreendimento nos atenderá em tudo. O atual será desativado para pousos e decolagens. A Petrobras ainda não tem um projeto para a área, que nos foi cedida pelo município de Campos por período indeterminado. O convênio durará enquanto fizermos uso do local”, explicou. Segundo o gerente, esta não é a única novidade da Petrobras para Campos. “A empresa tem outros investimentos na cidade, como o escritório recentemente instalado, no mês de setembro”, concluiu Ricardo.

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