quinta-feira, 17 de julho de 2008

Projetos do CNPq em exposição na 60ª SBPC

Assessoria de Comunicação Social do CNPq

 

 

 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, inaugurou, no início da tarde desta segunda-feira (14/07), a 16ª Mostra de Ciência e Tecnologia (Expo T&C) da 60ª Reunião da SBPC, espaço de apresentação dos projetos apoiados pelos diversos institutos e agências ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

 

O CNPq, uma das principais agências de fomento à pesquisa do país, também está presente na mostra. O estande de projetos da agência, localizado no pavilhão ao lado do Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, recebeu a visita do ministro Sergio Rezende guiado pela professora Wrana Panizzi, representando o presidente do CNPq.

 

 

Os projetos, apoiados pela agência, apresentados no estande vão desde a armadilha para capturar o mosquito da dengue, chips condutores construídos com tecnologia brasileira e modelos reais de solo da Antártica e da Amazônia brasileira.

 

 

Implantada em 11 municípios brasileiros, a MosquiTRAP é uma armadilha para capturar fêmeas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. O projeto coordenado pelo pesquisador Álvaro Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais, busca combater esta doença negligenciada que atinge dezenas de cidades brasileiras todos os anos.

 

O estudo desenvolveu um sistema de Monitoramento Inteligente da Dengue (MI-Dengue), composto pela armadilha e atraente sintético específico para as fêmeas grávidas do mosquito. No momento da chamada ovoposição, quando as fêmeas depositam seus ovos ela é capturada pelo cartão adesivo localizado dentro da armadilha. O projeto também desenvolveu um sistema de informação on-line, via internet, de mapas semanais georeferenciados (GIS) que monitora a presença e o nível de infestação da doença em áreas urbanas, registradas com a captura das fêmeas.

 

 

Chamados de monólitos, os modelos reais de solo são importantes instrumentos para estudar as características do perfil do solo. O projeto, coordenado pelo pesquisador Carlos Schaefer, da Universidade Federal de Viçosa, apresenta dois exemplares de solo: monolito da Terra Preta de Índio, de Manacapuru, Amazonas, e da Baia do Almirantado da Antártica Marítima.

 

A importância dos monolitos para a análise dos solos se dá como forma de complementação aos métodos existentes. Os pequenos anéis volumétricos coletados nos solo não são considerados suficientes para dar a dimensão real do solo. Com a composição do monolito, os pesquisadores podem se aprofundar no perfil desta composição geográfica. Por exemplo, no monolito do solo antártico, os pesquisadores conseguem analisar processos de movimentação vertical e horizontal em profundidade de materiais orgânicos ou minerais que estavam presentes na superfície há muitos anos atrás.

 

 

Desenvolvidos pela primeira vez por pesquisadores brasileiros, os chips decodificadores de MP3, MPEG4 e 8051 são os resultados alcançados pelo projeto Brazil-IP, administrado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene/MCT),e realizado nos centros de tecnologia de universidades do país.

 

Os pesquisadores apresentam no estande do CNPq o microcontrolador 8051, responsável por controlar o robô Jubinha, que percorre os corredores da mostra de ciência e tecnologia, o decodificador de vídeo MPEG4 e o decodificador de áudio MP3, que permitem a exibição de filmes no estande em uma televisão digital.

 

Os chips foram desenvolvidos por grupos de estudantes do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Instituto de Computação da Unicamp e dos Departamentos de Engenharia Elétrica e de Sistemas e Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

 

Fotos: Eliane Discacciati

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