segunda-feira, 30 de julho de 2012

Skype nega grampos em conversas

Microsoft Skype

Os responsáveis pelo Skype negaram nesta sexta-feira que realizaram mudanças nos termos de uso do serviço de voz por IP para permitir grampos em chamadas entre seus usuários. De acordo com reportagens publicadas nesta semana, a mudança seria uma exigência de governos de diversos países e serviria para ajudar a polícia em investigações confidenciais.

As acusações surgiram depois que a companhia foi comprada pela gigante Microsoft, que recentemente registrou uma patente para a vigilância de conversas em programas de voz por IP. Além disso, o Skype teria mudado secretamente seus termos de uso e migrado para um sistema de supernodos, que facilitaria o acesso a conversas alheias.

No entanto, o chefe de desenvolvimento do Skype, Mark Gillet, afirmou que as alegações são "falsas". "A mudança para os supernodos não foi feita para facilitar o acesso às comunicações dos nossos usuários e nem para cooperar com as autoridades", disse em um post no seu blog.

De acordo com Gillet, os supernodos ajudam na estabilidade da rede Skype, permitindo que as pessoas sejam localizadas nos servidores da ferramenta e que uma conexão com outro contato se estabeleça.  

No controle do Skype desde outubro de 2011, quando concretizou a compra do aplicativo por nada menos que US$ 8,5 bilhões, a Microsoft está sendo acusada de ter feito sutis mudanças nos termos de privacidade do serviço para permitir escutas de conversas feitas entre os seus usuários. 

De acordo com fontes como o site da revista online Slate, a Microsoft teria feito essas mudanças em antecipação a pedidos que viriam a ser feitos por entidades governamentais e pela polícia de diversos países. A denúncia foi confirmada de forma cifrada por um porta-voz do Microsoft Skype, como o produto vem sendo chamado depois da aquisição pela gigante.  "Mesmo antes da compra pela Microsoft, o Skype coopera com agências de aplicação da lei, como é legalmente exigido e tecnicamente viável", diz.

De acordo com os termos de privacidade da ferramenta, o Skype pode coletar informações como nome, endereço, telefone, número do celular, informações como a marca do seu celular e sua operadora, sua localização em dispositivos móveis, endereço de e-mail, idade, país, língua, endereço de IP, cookies, informações bancárias, perguntas respondidas em pesquisas da empresa, informações sobre o uso do software, endereço dos vídeos compartilhados, lista dos seus contatos e o conteúdo das suas mensagens instantâneas.

Um artigo em específico diz que a companhia está autorizada a colher dados de tráfego, "incluindo - mas não se limitando à - duração das chamadas, o número que fez a ligação e o que recebeu”.

Além disso, foi descoberto que em junho de 2011 a Microsoft teria registrado uma patente para "interceptar legalmente" conversas feitas em sistemas de voz sobre IP - como o Skype - e "silenciosamente copiar a comunicação transmitida na sessão".

Por enquanto, nem a divisão do Skype e nem a diretoria da Microsoft se pronunciaram sobre o assunto diretamente.

importado por splitz

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