quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Raupp defende parceria entre institutos de pesquisa e indústria

Fábio Amato - G1 Brasília

O novo ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, e a presidente Dilma Rousseff, durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto (Foto: José Cruz/ABr)

O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, defendeu nesta terça-feira (24) o fortalecimento dos institutos de pesquisa nacionais e a ampliação das parcerias com empresas privadas de modo a alavancar o desenvolvimento de novos produtos no país.

"Os institutos de pesquisa, fortalecidos, devem se alinhar à política de ciência, tecnologia e inovação [do governo] de modo a se dedicarem a grandes projetos mobilizados e estruturantes do desenvolvimento sustentável", disse o novo ministro, durante cerimônia de transmissão de cargo com seu antecessor, Aloizio Mercadante, em Brasília.

Raupp disse que um de seus principais desafios no ministério será fazer a aproximação entres os institutos de pesquisa e a indústria nacional. Citou como exemplo uma parceria firmada entre a Telebrás e a Embraer para desenvolvimento de um satélite geoestacionário, ainda em fase de implementação.

O ministro afirmou que poucas empresas brasileiras investem em inovação tecnológica, medida que considerou essencial para a competição em um ambiente de mercado globalizado.

"Ainda é muito reduzido o número de empresas brasileiras que investem na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou serviços para o mercado. Sem o investimento em p&d, as empresas brasileiras não inovam, perdem competitividade e correm o risco de serem engolidas ou trucidadas pelas concorrentes de outros países", disse.

Mais cedo, durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, o assunto foi tratado pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso. Ela falou sobre a necessidade de um "casamento" entre universidade ou centros tecnológicos com empresas.

"Não há nem transferência de tecnologia quando você não tem empresa capacitada para absorver, empresa privada, empresa pública... Há que ter uma empresa, e não tenha um instituto tecnológico e uma rede de pesquisa científica. Ninguém transfere tecnologia, ninguém absorve tecnologia sem essa parceria", disse a presidente.

Segundo o novo ministro, o papel fundamental das universidades deve ser "a formação de profissionais qualificados para atender às diversas demandas da sociedade, acompanhada da realização de pesquisa científica". Entretanto, disse ele, os institutos de pesquisa "são o ente mais apropriado para fazer a intermediação do conhecimento científico com o sistema produtivo".

Raupp disse ainda que o desenvolvimento da exploração sustentável da biodiversidade do país será outro desafia de sua pasta. De acordo com ele, o sucesso nesse plano pode levar o Brasil a se tornar a "primeira potência ambiental do planeta."

"Temos as condições básicas para isso: meio ambiente riquíssimo e um sistema de ciência e tecnologia maduro e dinâmico. A questão é aproximar esses conceitos", disse o novo ministro.

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