Com quase cinco meses de atraso em relação ao plano original, a OGX, do empresário Eike Batista, começará a produzir petróleo na bacia de Campos (litoral do Rio) no dia 28 -no início do ano, a data prevista era dia 23.
Será a estreia, como operadora, de uma empresa privada brasileira na produção "offshore" (no mar) do Brasil. O último obstáculo para o início da operação foi vencido no dia 2, com a concessão, pelo Ibama, da Licença de Operação para a empresa.
Antes disso, condições climáticas e problemas em equipamentos causaram o atraso, segundo a companhia.
A festa para marcar o evento depende da agenda da presidente Dilma Rousseff, mas, de acordo com o diretor-geral da OGX, Paulo Mendonça, com ou sem festa, desta vez não haverá adiamento.
"Já está tudo pronto, só falta a conexão das linhas com a plataforma."
Segundo Mendonça, apesar do atraso, o início da produção está ocorrendo em tempo recorde, após a descoberta do campo em 2009.
As datas da OGX estão sendo acompanhadas de perto por seus sócios do mercado de capitais, que detêm 39% de participação na empresa. As ações caíram no ano passado depois que o início da produção foi sucessivamente adiado.
"Vamos ver se dia 23 de fato vai acontecer. O atraso prejudicou muito as ações no ano passado. Mais uma postergação ia pegar muito mal para a companhia", avaliou Erick Scott, especialista em petróleo da SLW Corretora. Por outro lado, segundo ele, se a produção de fato começar, haverá impacto positivo sobre as ações.
Em fevereiro, a OGX entrega à Shell a primeira de duas cargas de 600 mil barris de petróleo de Waimea. O restante da produção ainda não tem destino definido.
"Estamos acompanhando o preço do petróleo para fechar um novo acordo", informou Mendonça.
A interligação das três linhas que levarão petróleo do poço OGX-26, no campo de Waimea, à plataforma OSX-1 será feita no próximo sábado. A produção do poço será de 15 a 20 mil barris diários, o que tornará a OGX a sexta maior produtora do país.
A previsão é que até o final deste ano mais dois poços estejam em funcionamento no mesmo local, elevando a produção para entre 45 mil e 50 mil barris diários e fazendo a OGX ultrapassar a quinta colocada, BP Energy.
Em 2013, mais duas plataformas são esperadas. Segundo as projeções da OGX, isso aumentará a produção para 150 mil barris diários.
As unidades serão instaladas no campo de Waikiki, considerado o melhor da empresa, e em um complexo de pequenos campos (Fuji, Illimani, Peró-Ingá), todos na bacia de Campos.
http://www.ogx.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home&lng=br
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