quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Reitores de sete instituições lançam projeto de "megauniversidade" em MG

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

Reitores de sete universidades federais de Minas Gerais assinaram nesta terça-feira um protocolo de intenções para criar um consórcio unindo as instituições.

Grupo de universidades federais de MG discute fusão

A ideia é criar a Universidade Federal Integrada do Sudeste de Minas Gerais a partir das universidades de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), São João del Rei (UFSJ), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV).

A proposta vai manter a autonomia das instituições, mas criar um plano de desenvolvimento institucional comum que será entregue ao MEC (Ministério da Educação). As universidades funcionariam como um consórcio já em 2011.

A tendência é criar um processo seletivo único para as sete instituições já no ano que vem, com o uso do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas os detalhes nem prazos ainda estão sendo definidos.

Outra proposta é dar uma ampla mobilidade para os alunos, que hoje enfrentam muita burocracia para estudar nas universidades vizinhas. Também será estudada a mobilidade de professores.

Segundo o reitor da UFV, Luiz Cláudio Costa, com a união das instituições passará a ser uma das maiores universidades do país. "Um dos objetivos é ter mais visibilidade", afirmou.

Outra intenção é fazer uma utilização mais racional de recursos, mas também não há detalhes.

Um facilitador da união, dizem as universidades, é o padrão de qualidade semelhante, a proximidade geográfica e a complementaridade entre elas --algumas são especializadas em saúde e outras, em ciências agrária, por exemplo.

"Por que vou duplicar coisas que eu já tenho com excelência em um raio de 200 km?", afirmou o reitor da Unifei, Renato de Aquino Faria Nunes.

Por isso, a tendência é que as áreas de excelência de cada universidade sejam maximizadas a longo prazo, enquanto as de menos destaque sejam suprimidas para abrir espaço para as de mais bem avaliadas das instituições vizinhas.

O MEC, que mandou um representante à reunião, considera a proposta positiva, mas só fará uma avaliação após a definição de como será o modelo, que ainda não existe no Brasil.

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