domingo, 13 de dezembro de 2009

Blog Tecneira – Época Negócios

Uma bateria feita de papel

 

Um grupo de cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, provaram que papel comum, do tipo usado em escritórios, pode ser usado para fazer baterias. As folhas absorvem nanotubos de carbono ao ser embebida em uma tinta composta desse material, o que permite tranformá-las em eletrodos para baterias e supercapacitadores.

“Nós nos aproveitamos da porosidade da estrutura do papel”, disse  Yi Cui, diretor da pesquisa, ao Technology Review.

Ao ser colocado na tinta especial, feita de nanotubos metálicos e uma mistura semicondutora, o papel absorve os nanotubos, que se unem às fibras de celulose, como mostra a imagem abaixo. Os eletrodos resultantes do processo são resistentes, flexíveis e ótimos condutores de eletricidade.

paperbattery_x600

Na verdade, os testes mostraram que eles são capazes de reter mais energia e operar a voltagens maiores do que outros materiais usados com nanotubos de carbono. Por isso, podem ser utilizados para fazer baterias mais baratas e leves para eletrônicos portáteis.

Os eletrodos de papel também apresentaram um desempenho tão bom quanto o do metal das baterias de íon-lítio, que são usadas em carros elétricos.

Ao contrário do papel comum, o papel com nanotubos não se dissolve na água. Também não sai com arranhões ou quando a folha é enrolada. “Testamos durante seis meses, com 40 mil recargas, e ainda funciona”, disse Cui.

Outros cientistas já haviam desenvolvido métodos para fazer eletrodos tendo o papel como substrato, mas os processos requisitavam cultivar os nanotubos no próprio papel ou usar tipos especiais de papel. O método apresentado agora é mais simples e prático.

Leia também:

Tecnologia permite ver detalhes de uma gota como você nunca imaginou

Uma máquina para reciclar CO2

importado por splitz

Nenhum comentário:

Postar um comentário