sábado, 7 de fevereiro de 2009

Radiação no celular: é preciso se preocupar com a saúde?

ROBINSON MELGAR| Para o UOL Tecnologia
Celulares são onipresentes no mundo atual. Eles mudaram —e continuam mudando— a maneira como as pessoas se comunicam, trabalham e se divertem. E a transmissão das informações é feita pela radiação eletromagnética. Por isso, não tardou a aparecer aqueles preocupados com a segurança destes aparelhos, já que a radiação, dependendo de seu tipo, pode causar danos graves a saúde das pessoas.

RADIAÇÃO NO CELULAR

Getty Images 

O que é a radiação emitida pelo celular?

Os raios infravermelhos, ultravioletas e a luz emitida pelo sol são exemplos de onda eletromagnética. "No início do século XIX, o homem começou a controlar essa radiação", explica Glaúcio Lima Siqueira, professor associado do Centro de Estudo em Telecomunicações da PUC-Rio e PhD em Engenharia Elétrica. Assim, viabilizou-se o surgimento do rádio, da televisão, do motor elétrico e de tantas outras tecnologias que tornaram possível a vida como conhecemos hoje.

A comunicação é umas das aplicações mais comuns da radiação eletromagnética. É o que possibilita, por exemplo, que aparelhos de rádio-amador e walkie-talkies funcionem. Nenhuma dessas máquinas, porém, jamais chegou perto da popularidade alcançada pelos celulares. Uma presença tão constante em nossas vidas, que há tempos começou a levantar suspeitas sobre os efeitos de seu uso em nosso corpo.

Essa desconfiança estimulou o surgimento de diversas pesquisas e fez como que governos como os da Áustria, França, Alemanha e Suécia recomendassem a seus cidadãos medidas para minimizar a exposição. Exemplos de recomendações são o uso de fones para diminuir a emanação de radiação na cabeça, manter o celular longe do corpo e não usar o aparelho dentro de um carro. A necessidade dessas precauções, porém, não é um consenso entre quem estuda o assunto.

ROBINSON MELGAR| Para o UOL Tecnologia
Todos os aparelhos comercializados no Brasil têm seus níveis de Taxa de Absorção Específica (ou Specific Absorption Rate -SAR- em inglês)medidos, de acordo com regra da Anatel.

RADIAÇÃO NO CELULAR

A norma estabelece o limite de radiação de aparelhos celulares. Ele é dado pelo máximo de aquecimento que o corpo tolera ao entrar em contato com as ondas eletromagnéticas do aparelho. O limite de radiação que esses aparelhos podem emitir, fica em 2 W/kg, medidos em 1 grama de tecido.

Você pode encontrar a informação sobre o SAR de um aparelho facilmente, tanto em seu manual como no site do fabricante.

Para quem realiza os testes, não é necessário ficar paranóico em relação ao SAR de seu aparelho. "Há um fator de correção de 50 vezes", explica Marco Antônio Strobino do INPE. Isso quer dizer, na prática, que o nível de SAR seguro precisa estar abaixo de 100W/kg. Assim, qualquer aparelho que esteja dentro do límite estabelecido pela Anatel é totalmente sem riscos.

Abaixo você encontra uma lista com os dez modelos vendidos no mercado brasileiro com maior taxa de emissão de radiação. Todos eles estão adequados ao limite estabelecido pela Anatel e pelas recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde:

Os dez aparelhos com maior taxa de radiação no Brasil

FabricanteModeloSAR (W/kg)
HTCHTC Touch Dual P55301,834
AppleA1241 (iPhone)1,68
LGMD1201,62
HuaweiC2181,61
LGLG-BX70001,56
MotorolaV36901,55
MotorolaV81601,51
SamsungSCH-N3751,47
MotorolaC331 (T) e C332 (T)1,47
Motorola182c1,47

O modelo HTC Touch Dual P5530 é o maior emissor de radiação, com um SAR de 1,834 W/kg. Em segundo lugar, está o A1241 da Apple —o popular iPhone. A Motorola é a empresa que mais aparece na lista, mas outros fabricantes não ficam de fora, há dois modelos da LG, um da Samsung e um da Huawei.
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