segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Plasma ou LCD? Especialistas falam sobre os avanços na tecnologia das TVs

O Globo

TV de plasma banhada a ouro da LG / Foto: Divulgação

RIO - Vem chegando o Natal e com ele o momento de renovar as esperanças de ter em casa um televisor enorme e ultramoderno com todas as cores existentes no mundo e a maior definição possível. E a maior dúvida existencial de quem pretende investir num aparelho desses é: qual tecnologia comprar, LCD ou plasma?

Para começar, é importante saber como as imagens são formadas em cada um dos dois. O plasma funciona como milhares de lâmpadas fosforescentes em miniatura. Carregadas (ionizadas), elas emitem gases de luz ultravioleta que, em contato com o fósforo, geram a imagem. O LCD (Liquid Crystal Display) têm uma lâmpada de luz branca e brilhante (backlight), cuja luminosidade é filtrada pelos cristais líquidos da tela.

Até alguns anos atrás as diferenças entre os dois eram muitas e a confusão na hora de fazer a escolha bem maior. A maioria das falhas que as tecnologias apresentavam, no entanto, foi corrigida e hoje é possível decidir com base em critérios mais objetivos.

Especialista acreditam que LCD vai suplantar o plasma

Luiz da Silva Mello, professor do Centro de Estudos de Telecomunicações da PUC-Rio e pesquisador do InMetro, garante que os principais problemas dos televisores LCD, que eram o contraste baixo, pouco ângulo de visão e "fantasmas" em imagens com movimentos muito rápidos, não incomodam mais."

 Hoje em dia a imagem de um plasma e de um LCD é equivalente. Só que o Plasma ainda tem problemas de marcar tela depois de muito uso "

Por conta disso, ele acredita que o LCD é a tecnologia que vai permanecer no futuro. A mesma posição é defendida pelo professor Mauros Queiroz, do Departamento de Engenharia Eletrônica e de Computação da UFRJ, confirmando que o plasma se deteriora mais rápido.

- O plasma só vale se for uma tela muito grande. A outra vantagem é que num mesmo tamanho de tela, a de plasma é mais barata. Para telas muito grandes, de 60 polegadas, por exemplo, ainda não se consegue produzir com LCD a um custo adequado. - resume Mello.

Maior nem sempre é melhor

Televisor LCD de 108 polegadas exposto em Budapeste, na Hungria, custa US$ 169 mil / Foto: Reuters

Quem pretende comprar o maior televisor possível para impressionar os amigos deve repensar seus sonhos de ostentação. O professor Queiroz alerta para o fato de que nem sempre a maior tela é melhor. Segundo ele, em telas muito grandes em relação ao ambiente, a imagem perde qualidade.

- Se você olha de perto, por exemplo, para um outdoor, vê que ele é feito de borrões. Quando se afasta, integra a imagem e o quadro se completa. A tela da TV é a mesma coisa, com os pixels formando a imagem. De muito perto, você vê os pixels - explica ele.

Para encontrar o tamanho ideal, deve-se multiplicar a altura do televisor por 5. O valor encontrado é a distância que deve haver entre a TV e o telespectador.

Mello toca num outro ponto importante. Ele defende que se a pessoa for comprar uma televisão de até 36 polegadas, as melhores são as HD-ready, que tem as entradas HDMI, mas resolução limitada a 720p. A partir de 40 polegadas o ideal é comprar uma Full HD, que recebe sinal de 1080p, a máxima definição.

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