terça-feira, 15 de julho de 2008

Ônibus espaciais estão com suas missões contadas

Agência Fapesp

 

 

Serão somente mais dez viagens. As últimas depois de 122 missões desde 12 de abril de 1981, quando ocorreu o lançamento da Colúmbia, marco na história da exploração espacial.

 

A Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou as missões derradeiras dos ônibus espaciais, que deixarão de ir ao espaço em 2010, sendo substituídos por novos veículos como o Órion, ainda em fase de desenvolvimento.

 

Últimas missões dos ônibus espaciais: já estão definidos os dez lançamentos daquele que é atualmente o único programa norte-americano de vôos tripulados. O próximo está previsto para 8 de outubro, com o Atlantis, com duração de 11 dias. O objetivo será levar astronautas para realizar reparos no Hubble, de modo que o telescópio espacial possa continuar funcionando bem pelo menos até 2013, quando seu sucessor, o James Webb, deverá entrar em operação

 

No mês seguinte será a vez do Endeavour, que levará equipamentos e alimentos para que mais astronautas possam permanecer simultaneamente na Estação Espacial Internacional (ISS). As demais missões estão previstas também para a ISS, projeto ao qual a Nasa foi acusada de não dar a devida importância. Segundo a agência, os nove vôos à ISS "refletem o comprometimento com a construção da estação".

 

Em 2009, estão previstas cinco missões, dos veículos Discovery (fevereiro), Endeavour (maio), Atlantis (julho) e, novamente, Discovery (outubro) e Endeavour (dezembro).

 

No ano seguinte, serão outras três: Atlantis (fevereiro), Discovery (abril) e Endeavour (maio). A última missão, quatro meses antes do que havia sido previsto anteriormente, levará componentes que serão instalados no exterior da ISS, entre os quais duas antenas para comunicação em banda S e escudos para proteção contra micrometeoróides.

 

A história dos ônibus espaciais: o primeiro vôo tripulado do programa levou o comandante John Young e o piloto Robert Crippen para 36 voltas em torno da Terra em um pouco menos de 55 horas. Antes foram feitos quatro vôos de testes com o Enterprise.

 

Até hoje, os veículos com mais missões são o Discovery, com 34, seguido pelo Atlantis, com 29. O Challenger fez apenas dez, explodindo em 1986 apenas 73 segundos após o lançamento, em tragédia que matou os sete tripulantes.

 

Vôos mais altos: o outro desastre do programa ocorreu em 2003, quando o Colúmbia, em seu 28º vôo, desintegrou durante a reentrada na atmosfera, matando outros sete astronautas. Apesar do notável sucesso do programa, a tragédia levou o governo norte-americano a programar a aposentadoria do ônibus espacial.

 

Outro motivo é que o space shuttle, como é conhecido em inglês, é capaz apenas de atingir a órbita baixa da Terra, o suficiente para ir ao Hubble ou à ISS, que estão, respectivamente, a 590 e a 350 quilômetros da superfície. Mas, para levar o homem de volta à Lua e pela primeira vez a Marte, como está previsto pelo programa espacial norte-americano, serão necessários outros veículos.

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