quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ferramentas nanotecnológicas já funcionam em escala humana

Do site Inovação Tecnológica

 

 

Uma das técnicas mais promissoras vislumbradas pela nanotecnologia é o chamado processo de fabricação de baixo para cima, por meio do qual os objetos poderão ser construídos ou montados molécula a molécula.

 

Em uma experiência que se aproxima desse conceito, cientistas da Universidade Rice, nos Estados Unidos, anunciaram a fabricação de estruturas funcionais em macroescala - do tamanho de grãos de arroz - partindo de nanofios e nanotubos de carbono.

 

Nanomáquinas futurísticas: essas estruturas - chamadas de "gigantes" no reino da nanotecnologia - reagem ao ambiente em que se encontram e podem ser manipuladas por meio de campos magnéticos, elétricos e até pela luz.

 

O Dr. Pulickel M. Ajayan, que está por trás de inúmeras descobertas na área de nanofabricação, afirma que essas novas estruturas são um passo importante rumo ao desenvolvimento de nanomáquinas futurísticas com aplicações práticas no transporte de medicamentos no interior do corpo humano, em biochips e como sensores.

 

Mesmo estando ainda descobrindo os princípios básicos da nanotecnologia, os cientistas sabem que muitas de suas descobertas terão que se integrar em produtos de dimensões muito maiores, a fim de se tornarem úteis. E até agora eles vêm tendo grandes dificuldades em integrar seus nanomateriais para construir objetos mais complexos e multifuncionais.

 

Estrutura híbrida: a estrutura construída pela equipe do Dr. Ajayan é feita com nanofios híbridos - formados por um segmento hidrofóbico, feito com nanotubos de carbono, e um segmento hidrofílico, feito com nanofios metálicos.

 

Os nanofios estruturam-se autonomamente quando postos em solução, em um processo conhecido como automontagem. A automontagem é essencial nos estudos de nanotecnologia porque seria complicado demais construir equipamentos para montar estruturas com dimensões tão pequenas.

 

Motores sem partes móveis: os cientistas não procuraram explorar nenhuma aplicação tecnológica em particular, mas eles demonstraram que os seus "macrossensores" reagem a diversas alterações ambientais, podendo movimentar-se em reação a alterações químicas na solução onde estão, a alterações em campos magnéticos e até a variações na intensidade de luz.

 

São verdadeiros "motores" sem partes móveis, capazes de navegar em um líquido obedecendo a comandos externos. Na prática, esse líquido poderá ser um fluido manipulado por uma indústria química, amostras biológicas sendo analisadas no interior de um biochip ou até mesmo fluidos no interior do corpo humano.

importado por splitz

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